06/04/2011
Em uma fazenda lá em Minas Gerais, nos anos de 1902, cujo dono era um coroné daqueles que se autodenominava ou o dinheiro, as terras, o gado os peões o diplomava, era muito orgulhoso de seus pertences e de seu nome de família, Dalvino Solariano. Era casado com dona Mira uma senhora muito delicada e obediente, andava sempre de cabeça baixa e seu olhar nunca fixava ninguém, era de poucas palavras e se movimentava pouco pelas redondezas da fazenda, recebia poucas visitas e mesmo assim falava muito pouco. O casal tinha 5 filhos, sendo duas meninas e três meninos cabra machos, como costumava dizer o orgulhoso pai. O filho mais velho já com 24 anos tinha orgulhosamente o nome do avô paterno, mas levava o apelido de Tinho, os outros dois tiveram o nome comum da escolha da mãe, Cristovaldo, e Alexandre e as meninas tiveram o nome da santas de devoção da familia: Madalena e Margarida. Os meninos tiveram o direito de irem a escola da cidade próxima, mas as meninas aprenderiam escrever o nome com os irmãos e as prendas domésticas com a mãe e as empregadas domésticas. Mas eu estava dizendo o Tinho filho mais velho teve que abandonar a escola e vir cuidar da fazenda auxiliando e aprendendo como comandava aquilo tudo, afinal o seu pai já não estava mais tão novo assim, apesar de bater no peito e se orgulhar de ser cabra forte.
Um dia andando os dois , pai e filho pelos pastos da fazenda, o pai, depois de pigarrear e preparar a garganta disse firme ao Tinho: Olhe aqui meu filho já está na hora de procurar uma esposa, neste mês vou convidar o cumpadre Portirio com a família dele pro armoço lá em casa e você escolhe uma das fia dele, sei que tem duas filhas a mais veia tá com 17 anos e é moça direita, nunca foi passar nem uma semana na cidade, tem pratica com as prendas domestica e parece até que bonita a minina.O tinho tirou o chapeu, coçou a vasta cabeleira, limpou o suor da testa com as costa da mão e disse meio sem entusiasmo: Tá certo meu pai, foi desse jeito cum sió, vai ser assim tombém eu. Casar pra crescer a familia e num deixar acabar nosso nome.Pode cumbinar o armoço.
Lá na fazenda terra roxa virou um alvoroço com a chegada do peão do coroné Laureno, foi um corre corre, até que o coroné Portirio recebeu o recado do cumpadre, ficou todo feliz mandou até o rapaz se assentar, tomar um refresco que a empregada logo veio trazer. Afinal o moço tinha cavalgado 6 horas sem parar, pois sua fazenda ficava na divisa de Goiás. Fingiu pensar um pouco e disse a resposta esperada: Diga pro cumpadre que sexta feita estaremos lá na hora do armoço.
Lá dentro do casarão já tinha chegado a novidade e isto só podia ser uma coisa, um pedido de casamento, pois era este o custume de antigamente. A esposa do coroné uma mulher gordinha e de ares irritado já foi logo mandando todo mundo se aquietar e continuar cum seu trabaio. As duas filhas se olharam com cumplicidade ao mesmo tempo com inocência, de nada sobre homens sabiam aquelas donzelas, apenas que serviam pra trabalharem, fazer filhos, sustentar a família e fazer crescer o patrimônio, sabia que a diferença deles pra elas era que vestiam calças. Margarida a de 13 anos e de 17 que seria a pretendente Florisbela nunca foram a escola e como todas da época e dos pais ignorantes nem sabiam assinarem os nomes. Dionísia parecia muito com a mãe, certamente seria idêntica ao ter sua idade, já a Flor, era assim que a chamavam era esbelta, cabelos longos e pretos lisos como como de uma índia,a pele clara que chegava a ser rosada, um rosto fino parecia desenhado, tinha traços do pai que apesar de homem de modo grosseiros tinha uma beleza
por traz daquela pele queimada, olhos claros e boca ainda bem desenhada, isto era o que mais a Flor herdara dele, o tamanho também, ainda cresceria um pouco mas já era um tanto varapau como diziam eles por lá.A Tardinha na hora do jantar, veio a notícia que todos já sabiam , mas fingiam não saberem, o coroné disse em tom de ordem: Sexta feira vamo armoçá na fazendo do cumpade Dalvino, quero que qui todo mundo teje arrumadinho cumo gente de posse, afina compro panos pro ocês fazé vistido pra num inveigoiá a famia.
Chegou o grande dia, todo mundo arrumado e preparado foram lá pro tal almoço, saíram de madrugada na carruagem de luxo que só era tirado do galpão pra estas ocasiões. Foram mais ums quatro peões levando ums presentes que era de praxe levar nestas visitas. Na Verdade uma caravana que por onde passava chamava atenção pelo luxo raramente visto por ali.6 horas depois de viajarem sem pararem, chegam então ai destino final, onde foram recebidos com grande alegria, apertos de mãos e finalmente a apresentação: Este é fulano, este é cicrano, esta é a fulana...e assim foi a apresentação, veio então a pergunta do coroné Potírio perguntou e onde tá meu afiado o Alixande? Deram a explicação, era época de provas e logo o menino se formava, nun devia de tá saindo da escola. Foram entregues os presentes, levaram as bagagens lá pra sala de visita e todos se acomodaram pra tomarem um café antes do almoço o que se deu tudo na santa paz e no esperado. depois de todos se fartarem no banquete a moda mineira, foram todos pro alpendre onde os homens tomavam um licor de jabuticaba e as mulheres tomavam café.
Chegou então o momento mais esperado, levantou-se de chapéu na mão o coroné Dalvino dirigindo-se ao coroné Potírio e disse com voz imponete: Cumpade e cumade ocês devem tá se preguntando pru que desse cunvite e eu já vou direto no assunto, quero pedir a mão de Florisbela para o meu fio Antonio que todos chama de tinho, quero que nossa famia se una numa só e seja a maió da fronteira de Minas e Goiás. O coroné Portírio levantou-se estendeu a mão e num acordo de coronés estavam noivos os filhos. Os Noivos nem se olharam nos olhos, apenas se apertaram as mãos. Naquela mesma tarde já se acertaram todos os preparativos. Detalhes estes que a noiva nem participou, pois fora em companhia das futuras cunhadas e a irmã andarem pelos arredores da fazenda conhecer o pomar e o jardim, o orgulho da futura sogra. A Margarida era mais faladeira tinha 12 anos, a Madalena parecia a mãe calada e parecia no mundo da lua. Foi um encontro perfeito, tudo saiu conforme tudo planejado. O dia passou rápido, a noite caiu e todos foram para suas acomodações para cedo partirem de volta pra fazenda.
Era maio, mês tradicionalmente das noivas, era dia 13 de 1903, a capela da fazenda do coroné Potírio estava digna de uma princesa, tudo fora decorado com muitas flores e cortinas de renda. Os bancos estavam já sentados todos os convidados das duas famílias e alguns amigos mais importantes. Chegou o momento mágico, esperado, o noivo já de pé junto aos padrinhos esperava a noiva que logo entrou linda, maravilhosa com seu vestido branco de rendas e seda vindas de São Paulo.Em sua cabeça tinha uma grinalda de flores naturais de laranjeiras, parecia uma deusa, seu buquet era também de flores naturais. Foi um casamento para se comentar durante muitos anos. A festa foi com tudo do bom e melhor que o mineiro pode oferecer e com toda abundância que é característica deles. Durou dia e noite a festança, mas como fora combinado os noivos pegaram a carruagem e foram para um hotel na cidade de goiás onde tinha aguas quentes e fora tudo reservado. 2 horas de viajem e chegaram ao maravilhoso hotel. Flor nunca tinha visto nem em seus sonhos um lugar tão lindo, parecia um sonho, desde o recepcionista a ajudando descer do veiculo até a escadaria por qual subiu para ir para o quarto. Até então só trocara duas ou três palavras com o marido.Ele mantinha-se sentado ao seu lado mudo e ela aproveitava toda a paisagem que via, não perdera um segundo sequer da viagem.Nunca havia saído da fazenda a não ser para outras fazendas vizinhas.Não tinha amigas, nem mesmo as empregadas da casa. Quando veio sua menstruação pela primeira vês chorou e disse pra mãe que estava morrendo e a mãe falou simplesmente, toda mué tem que ter isso um dia e vai ser uma vês todo mês, deu-lhes uns paninhos brancos de tecido e disse troca e lave e estenda onde os home num veja. Vou sua unica explicação sexual, se é que pode chamar isto de explicação.Estava tão encantada com tudo que assustou ao marido pegá-la pelo ombro e dizer: Estou falando com você, num me ouve? Ela ficou vermelha de vergonha, não pelo modo brusco que ele falou, mas pelo toque em seu ombro.Nunca fora tocada por nenhum homem nem mesmo seu pai pegava em sua mão. E perguntou assustada: O que o senhor falou? Ele mostrou pra ela o banheiro, mostrou como funcionava o sistema de agua quente, fria e como funcionava para ficar na temperatura morna. Mostrou-lhe o sanitário, o bidê e entregou-lhe as toalhas. Fechou a porta atrás de si e a deixou como em um mundo que não existia, pensou em chorar, mas olhou-se no espelho e se viu linda, decidiu vou aprender, não sou os burros lá da fazenda, sou gente. tentou tirar o vestido, mas eram botões na parte de trás e jamais os abriria sem ajuda. Criou coragem, abriu a porta, ele estava lá já sem sapatos e só sunga, ele perguntou: Qual a dificuldade?
Ela virou-lhe as costas e pediu ajude-me a desabotoar, ele levantou e desabotoou todos os botões. Ele pegou um roupão felpudo branco e uma toalha e entregou-lhe dizendo para vestir depois do banho, depois eu vou tomar também estou muito cansado. Ela pendurou seu vertido com todo carinho onde não pudesse ser molhado, foi ao vaso, riu ao dar a descarga, finalmente foi ao chuveiro e depois de muita luta conseguiu tomar seu banho ora quente demais, ora frio, ora morno, mas estava se sentindo vitoriosa. enxugou-se bem e vestiu o roupão, saiu e deve que chamar o marido pois havia adormecido. Escolheu a camisola que a mãe havia dito para ela vestir, deitou-se debaixo dos cobertores e ficou lá a espera não sabia de que.Sentiu que ele a virava de costas para ele e sentiu que levantava sua camisola disse -lhe agora será minha mulher e eu teu homem. A fez ficar de quatro e penetrou sem o menor carinho o seu ânus. Não gritou, apenas mordeu os lábios para não fazer esta vergonha ao marido, se as outras aguentavam, porque ela seria diferente? Aguentou por uns 9 minutos toda aquela agonia de dor e palavras que nunca tinha ouvido, até que ele saiu de cima dela e deitou virado para o outra lado. Ela esperou ouvi-lo roncar, levantou-se devagar e com sangue escorrendo em suas pernas, foi ao bidê, lavou-se por muitas horas até a exaustão tomar conta dela e resolveu deitar-se devagar para não acordá-lo.
Acordou com muito barulhos de pessoas falando, andando e alguns assovios, cantos, sentiu-se toda dolorida, passou a mão lá onde mais doía e sentiu que não estava normal e pensou casar é isto? Coitada da minha mãe, coitada de todas as mulheres, mal completou o pensamento ele a procurou e fez a mesma coisa, desta vês fazendo então gritar, tanto foi a dor. Ele falou não faça escândalos todos já estão acordados, depois para de doer, e acostuma. Levantou-se tomou banho e mandou que ela se vestisse para o café.Ela mal podia andar, sentar então, mas comportou-se como deveria, não envergonharia o marido. Depois do café ele a levou para conhecer a cidade, tudo parecia um conto de fadas até chegar a hora do almoço, irem descansar e ele a querer fazer sexo, é assim que chama isto que estamos fazendo explicou ele para ela. Desta vês ela pediu que ela sentasse por cima dele, ela obedeceu sem jeito, com dor, mas foi enfrente e sentou até não deixar nada fora. Ele não aguentava muito movimento gozava logo, o que para ela era um alivio.
Foram 3 dias assim, um paraíso os passeios, nadar na piscina de aguas quentes, as comidas, as gentilezas dos funcionários do hotel, mas um inferno na hora de irem para o quarto. Seu ânus ainda estava muito dolorido e sempre sangrava, até que ele a deixou no quarto e voltou com um tubo de pomada e mandou que ele usasse, ia ficar bom. No quarto dia depois do café foram embora iam morar na fazenda do coroné Dalvino pai do Tinho, lá eles tinham uma casa que fizeram só para o casal,ficava em um terreno plano e cheio de árvores, do alto descia um riacho onde eles fizeram um pequeno lago, era tudo muito bonito, a casa tinha alpendre nos quatro lados, muitas janelas e salas amplas e confortáveis, era uma casa de fazenda mas com um toque de modernismo das cidades, era idéia do Tinho. A Flor passava os dias a cuidar dos jardins em volta da casa e do pomar, seus dias eram dias de paz e tranquilidade, vivia só, não tinha empregadas, e para diminuir a saudade que tinha da família cantava, cantava muito e como era bonito seu canto que misturado aos dos diversos pássaros que existiam por lá parecia uma sinfonia de orquestra, a noite era o mesmo tormento, ainda não se acostumara ao sacrifício do dever de esposa, cada dia era uma posição extranha e animalesca, se bem que ao lembrar como faziam os animais da fazenda nunca tinha visto coisas iguais, mas conforma-se, esperava pelo menos ficar logo de barriga para não ter que ouvir sempre a mesma conversa dos sogros: E ai Flor quando vem nosso neto? Esse trem tá demorando demais uai. Ela não respondia, porem o Tinho ficava acabrunhado e mudava de assunto, então, a fazenda tá que é um progresso, todo o leite já tá vendido , tudo que produz é uma beleza que só, vamos ver se o mano Alixandre vem logo com esse diploma pra fazer a tal das mudanças, tá custando caro essa faculdade de agronomia, vamos ver se vai servir mesmo. O pai coçava a cabeça e dizia com calma, dexo o minino istudá, só farta 3 meis e ele tá aqui, o nosso dotor de terras e logo mais um ano vem o Valdo cum otro diproma pra cuidar dos bixos, só ispero que nium deles invente moda de casar cum moça da cidade, aqui nas fazendas tem moça de sobra,so.
Flor fora finalmente visitar a família, muita alegria, abraços e depois da emoção da chegada foram todas para a cozinha onde já se sentia o cheiro gostoso de galinha caipira com quiabo. A mãe sentou junto da Flor e com jeito encabulado perguntou: Intonse fia seu marido é bom, eles lá trata bem docê? Ele num martrata ocê não né? É que tó achando ocê magricela, e nada
de pegar barriga fia, num será qui ocê tá duente não? A mãe nem dava tempo da Flor responder nada, ela mesma tirava as conclusões. Fora-se embora toda esperança de saber algumas coisas que a inocente Flor queria perguntar, se por um acaso criasse coragem.´Já se passou 1 ano e 10 meis já era pra ter dois barrigudin correndo pela casa. Você sabe eu num tive mais fio purque tive duença de muê, se não essa casa era cheia de fios.Tentando mudar de assunto a Flor pergunta pra irmã, e ocê Magarida tá já cum 15 anos já pode ir se apreparando qui logo o pai lhe aranja um marido. A Margarida respondeu com um movimento de cabeça que sim e foi fazer uma pergunta quando a mãe interrompeu, vamos cuidar de chamar o pai pra armoçar.Mais umas poucas perguntas e começaram o almoço, para alívio da Flor.
Depois das tarefas de casa Flor fora dar uma volta pela fazenda, queria rever tudo onde foi criada e viu tudo crescer. Estava tudo muito bonito e bem cuidado, seu pai era um bom fazendeiro. Estava já no perto do rio quando ouviu uns gemidos, tirou os chinelos e andou de manso pra não fazer barulho, ficou curiosa, ao ver a cena quase desmaiou de vergonha, mas também sentiu algo esquentando entre as pernas, ficou o mais escondida possível e ficou olhando um moço negro ombros largos, forte, deitado por cima de uma moça branca, não dava pra ver seu rosto pois a do rapaz cobria com carinhos e beijos, viu que o vestido da moça estava levantado até as costa e os dois faziam movimentos frenéticos, chegando a ser agoniados,desesperados e gemiam muito e falavam algumas coisas que ela não podia ouvir, mas ela sentiu uma extranha vontade de por a mão na vagina e sentiu que estava molhada e foi espontâneo sua vontade de apertar mais e mais sua parte que antes nunca havia tocado a não ser para lavar. Nisto o rapaz ficou quase de joelhos e com a duas mãos levantou a bunda da moça e com movimentos mais rápidos deu um gemido mais forte e caiu pro lado deitado, cansado e ofegante, foi ai que Flor viu seu pênis grande, grosso ainda duro, a moça ficou na mesma posição como se nem tivesse forças para se movimentar. Flor não se mexia, tirou sua mão de dentro da calcinha e viu que estava molhada, não era sangue, era uma espécie de liquido mais escuro que agua e parecia uma baba, mas interrompeu-se no movimento pois a moça levantou e foi até o rio, tirou o vestido e entrou nas aguas correntes e limpas, ela lavava com muita atenção sua vagina e Flor pode ver que era na frente que ela lavava. A moça chamou o rapaz, vem omi se lavá, vai ficar com fedó de porra, aqui ó, mostrou entre as pernas e disse tem mais trem nenhum aqui, meti o dedo até lá no fundo e tirei foi tudo, sô besta não de pegar barriga de ocê qui vive trepando cum toda muê que vê, deu uma gargalhada e disse , mas que é gostoso isso é eita trem bão, ele também foi até o rio e mergulhou. Flor ainda paralisada e surpresa pelo que assistira, demorou dá-se conta que tinha que sair rápido dali. Mas ficou com aquela imagem na cabeça e a preocupação do que sentira com tudo aquilo.
Chegou o dia de ir embora pra casa, Flor mudara, sentia que algo dentro dela queria explicações, sentia desejos todas as vezes que lembrava o casal, não atrás como fazia o marido, mas na frente onde sentia calor e algo gostoso ao apertar sua mão fechada até chegar a respirar fundo e sentir muito calor. Passou a fazer isto sempre que tinha oportunidade, sentia que talvez estivesse pecando, mas era tão bom, sentia vontade de pedir ao marido que fizesse com ela o que o rapaz fez com a moça, nunca, jamais falaria uma loucura dessas com ele ou com qualquer pessoa, seria seu segredo.
Dezembro de 1905, alvoroço na fazenda, era natal e os fios do coroné iam chegar, o Alixandre já ficaria pra trabalhar como agrônomo e o Cristovaldo voltaria para completar mais um ano de sua faculdade de veterinária. Foram dias de festa, mas logo que o Cristovaldo voltou para a cidade, tudo voltou a normalidade, sendo que desta vez estava mais agitado, os planos do Alixandre seria posto em prática e muitas reformas seriam feitas por lá, inclusive o riacho que corria do lado da casa da Flor também sofreria mudanças para se fazerem uma barragem maior o que o pequeno lago, isto mantinha a presença do Alixandre e seus ajudantes constantemente aos arredores da casa da Flor, isto a deixava um tanto perturbada, não sabia dizer o que mas o olhar do alixandre a incomodava, ele mal dirigia-lhe frases, somente cumprimentos e muito raramente pedia que fizesse um café para eles ou um refresco.Tudo estava indo normalmente na fazenda como numa fazenda que passa por mudanças, progresso, modernismo, era esse o comentário dos outros fazendeiros.
Dona Mira ficara doente, Flor foi visitá-la e talvez dormisse por lá, foi o combinado com o Tinho, mas ao ficar noite com a lua tão clara e linda, ela resolveu ir pra casa, ninguém a contrariou, afinal era perto e ali era seguro. Parece que Flor tinha o destino de descobrir as coisas assim por acaso, ao se aproximar da cozinha ouviu vozes logo reconheceu a do marido, apurando a audição entendeu bem o que falavam e que o outro era Alixandre pronunciando seu nome quando disse: Não Tinho você não tem o direito nunca de fazer isto com a Flor, olhe meu irmão fazer isto lá na cidade, longe e grande como São Paulo eu até entendia e fazia vista grossa, mas casar com uma moça linda, maravilhosa, pura, mas parece uma princesa e não consumir o casamento, isto pra mim já muito e ainda ter relação somente anal! Você está é ficando maluco, veja a inocência dessa moça nunca ter querido ter relação normal, foi aí que Tinho alterou a voz e falou irritado: Não vem agora com sermão, você não sabe o que sofro tendo que trepar mesmo por traz, ter que fingir não estar com ela e sim com ele, você se acha esperto porque é normal e porque fez a faculdade, quero ver quando o veio lhe arranjar uma mulher...pois ficarei muito feliz quando tiver que casar e se fosse com uma como a flor seria o homem mais feliz da vida, nada justifica o que está fazendo com toda família e principalmente com ela, falou o Alixandre já bem nervoso e levantando em direção a porta, Flor teve que se esconder. Tinho saiu atraz do irmão pegou seu braço e pediu, agora mais calmo: Alixandre por favor meu irmão entenda, eu só falei isto porque não aguento mais esta farsa toda e essa cobrança de filhos. Eu estou infeliz demais, mas sei que mato o nosso pai se eu fizesse minha vontade. é difícil ser o filho mais velho. Pelo menos você me compreenda, se coloque em meu lugar, o Alixandre falou até rindo é fácil, se eu pudesse, meu irmão você é um mostro, puxou seu braço da mão do Tinho e desceu as escadas indo embora. O Tinho entrou, pela janela Flor viu que ele fora para o banheiro que ficava de fora de casa mas embaixo do alpendre. aproveitou e deu uma longa volta ao redor da casa, os cachorros não latiam, pois eram seus. Queria entender tudo que ouvira, mas só uma coisa entendeu direito que o casal lá no rio estava fazendo o certo, mas o que ele quis dizer com "fingir que ela era ele"? Sua cabeça estava doendo muito, agora estava mesmo complicado. Resolveu fazer de conta que estava chegando agora, enquanto ele ainda estava no banheiro. Disse em voz alta Tinho vortei, sua mãe miorou. Ele disse alguma coisa e ela foi fazer um chá, tomou e foi rezar um terço, quando rezava o terço ele não a procurava, isto ela aprendeu observando e prestando atenção em alguns fatos e costumes dele.
A barragem estava quase pronta, a fazenda estava uma beleza, obras de currais eram feitos de um modo mais moderno. Alixandre já não precisava ir para os lados da casa da Flor, mas agora ela sentia sua falta e sentia vontade de falar com ele, mas sentia um arrepio só de pensar nisto.
Um dia depois de uma novena na fazenda, mês de setembro, todos ficaram reunidos no alpendre da frente, estava muito calor. O Alixandre falou pai porque não colocamos uma escola pra criançada daqui? Eu vi que temos em torno de uma 30 crianças só aqui nos arredores e filhos dos nosso moradores? Seria mais um benefício e seu nome cresceria mais, até mesmo pra um de nó se tornar candidato à prefeito da cidade, que acha disto Tinho? É bem pensado, uma coisa muito boa mesmo, nenhuma fazenda tem escola, seria a primeira. Posso ir projetando isto pai? O coroné disse agora é hora de deitar, adepois se fala nesse trem ai. Deu boa noite e foi pro quarto acompanhado de d. Mira. Um sinal que a reunião tinha acabado, mas o assunto estava de pé.O alixandre assim de repente perguntou pra Flor: Você tem vontade de aprender ler e escrever? Ela até tremeu ao responder, é meu maior sonho, ai desenvolveu um monte de opinião umas queriam outras não e a conversa foi boa até o Tinha chamar a Flor pra irem pra casa.
Desde a conversa com o irmão que ele não tinha mais procurado a Flor, mas no meu do caminho ele pegou pelos seus ombros e disse : Eu tô querendo agora, levantou seu vestido tirou a calçola dela e abaixou toda sua roupas a encostou na cancela do curral, colocando-a de quatro e penetrou seu ânus ali mesmo rodeados de bois, vagas, cavalos e o cheiro forte de estrumes. Foi rápido como sempre, se vestiram e continuaram andando. Chegando em casa a primeira coisa que Flor fez foi entrar no banheiro e tomar banho, jogava agua com uma jarra que tirava de uma tina, sua vontade era entrar na tina, no rio, num lugar que a lavasse até a alma, nunca se sentira tão mal. Pela manhã ainda estava mal, levantou para fazer café e ao chegar perto da cozinha sentiu vontade de vomitar, correu pra fora e vomitou bastante, ao vê-la assim Tinho veio ao seu encontro e a levou de volta pra cama, queria entender o que aconteceu, mas ela não sabia explicar, só que doía a cabeça. Ele falou pra ficar deitada, mandaria uma das irmãs ajudar. Pronto foi chegar a noticia de vomitar e a Flor já estava grávida, logo se espalhou a notícia.
Mais tarde alixandre chamou o Tinho pro canto mais reservado e perguntou: Então você resolveu agir como homem e fez o certo? O irmão olhou surpreso e disse, nunca! Eu nunca a tocarei como mulher. Ontem eu senti vontade e a peguei lá na porteira do curral, ela devia tá menstruada, nem notei, deve ser isto, mal acabou de falar sentiu um forte murro em seu queixo. Não reagiu, ficou parado enquanto o Alixandre o xingava de covarde, desgraçado e outros nomes mais. Os dois ficaram sem se falarem. Mas o boato correu solto da gravidez da Flor.
Passaram alguns meses e a barriga da Flor não crescia, foi então comprovado que não era gravidez.
Margarida casou-se, não fizeram festa, só uma cerimônia simples e com poucos convidados. Um rapaz de posses mas não chegava a ser fazendeiro. Mas margarida parecia feliz, mesmo assim Flor não deve coragem para explicar nada de sexo pra ela. Afinal o que sabia de fato?
Uma noite ouviu-se na fazenda todos os cachorros latindo e uma agitação danada nos currais, os encarregados do gado foram ver o que se passava e Tinho também desceu para ver que confusão era tanta, já estavam todos lá de prontidão, mas nada descobriam o que se passava. Foi dado a ordem para ficarem alertas. Tinho voltava pra casa quando algo muito forte pulou sobre ele e o arrastou para o mato, seus cachorros latiam e lutavam com o bicho, mas não conseguiam soltar o dono das garras do bicho, vieram todos correndo e com lampiões acesos, até a Flor veio correndo ao verem a cena os peões atiraram na onça que já estava estraçalhando um cachorro e caiu morta por cima dele. Ficaram todos parados sem saber o que fazer, se desmanchando em sangue por uma mordida dada na garganta, já estava morto o Tinho, quando viram a Flor chegar correndo é que se deram conta do tamanho do ocorrido, pegaram ela e a levaram pra fazenda no caminho já encontraram o coroné e o Alixandre que ficaram a par do ocorrido. Foram dias de tristeza na fazenda, dias de luto e desespero, afinal fora o filho mais velho que morrera, mesmo não sendo formado em faculdade tinha a incumbência de levar adiante tudo que o coroné começara.
Os pais da Flor vieram visitar os cumpadre e ver como estava a fia. Durante uma conversa o pai de Flor levantou a possibilidade de levar a fia de vorta, afiná ela agora era viuva. Foi um alvoroço, principalmente da parte do Alixandre que por pouco não entregava sua paixão pela cunhada. Foram tantas alegações inclusive que ela ia ajudar na escola, aprendendo para depois ser professora. O coroné Dalvino gostou da providencia tomada pelo filho e logo o apoiou e disse mais a Flor agora tem nosso nome e é aqui seu lugar. Quizeram saber da Flor qual seu desejo, ela afirmou que ficaria morando ali porque não achava justo deixá eles sem a viuva do fio e ela queria muito ajudar na escola e aprender. Ficou então resolvido a questão.
1906, março, seis meses passaram do infeliz acontecimento. Mas as coisa estavam andando de vento em popa. a escola já funcionando, trouxeram uma professora da cidade de Goiás, foi providenciado um carro de boi para trazer as crianças de mais distante, todo o material foi doado pelo prefeito da cidade mineira mais próxima da fazenda. A maior preocupação do Alixandre era alfabetizar a Flor, isto ele mesmo já havia iniciado e notou que sua inteligência era maior do que toda aquela beleza. Cada dia ele ficava mais encantado com seu aprendizado. A casa da Flor fora transformada em escola e acolheu muito bem todos os alunos.
O coroné Dalvino pegou uma bronquite forte e teve que ir pro hospital, depois de muita resistência. Mas a fazenda estava em boas mãos Alixandre e Cristovaldo tomavam conta muito bem de tudo. Dona Mira foi de acompanhante, deixando mil instruções para as meninas que agora já eram moças que também estavam estudando.
Maio, mês das...Flor recebeu um bilhete escrito isto das mãos do Alixandre quando estavam descendo da escola para a fazenda, ela olhou o bilhete leu com alguma dificuldade e disse: noivas. Alixandre pegou suas mãos e disse: Flor eu te amo, quer ser minha noiva? Ela tremia, chorava e não respondia, ele aflito por saber tudo que ela passara teve receio de perdê-la por todo modo e comportamento do irmão e foi logo explicando: Minha querida eu sou diferente do meu irmão, eu te amo desde que a vi,serei o melhor homem do mundo pra você. Sei que nada sabe sobre a realidade de um casamento, mas vou aos poucos lhe ensinando e olhe darei livros para que leia, mas na prática verá que seu casamento não foi um casamento. Ela abraçou-se a ele e lhe disse eu também amo você era isto que eu sentia quando chegava perto de você e prometo não invergonhar você que é doutor, vou ser uma professora. Ele riu com seu modo simples e e a beijou nos lábios, era o primeiro beijo da Flor. Foram o resto do caminho falando das dificuldades que enfrentariam com os pais de ambos para aceitarem este casamento, mas lutariam e não deixariam ninguém roubar a felicidade deles.
O coroné voltou curado, mas agora tinha que ter muito mais repouso e cuidado com a saúde. foi chegando e já querendo saber tudo das novidades, estavam todos ao seu redor e principalmente a filha mais nova louca para contar o fuxico, mas Alixandre deu-lhe uma olhada serio e esta ficou quieta. Bem na fazenda está tudo maravilha, deu as primeiras informações dos gados, de toda parte econômica e disse , tenho um pedido a lhe fazer meu pai e já vou lhe dizer que é uma decisão já tomada, diga omi, falou o coroné, Alixandre chegou mais perto e disse solenimente: Eu estou lhe pedindo a mão da Flor em casamento e dizendo isto puxou a Flor pela mão e ficou esperando a resposta. O Velho olhou pra d. Mira e disse: Não foi isto que eu dixe muê. Eles vão casar e tenho certeza que desta vez vamo ganhá nossos netos.
Íris Pereira
Um dia andando os dois , pai e filho pelos pastos da fazenda, o pai, depois de pigarrear e preparar a garganta disse firme ao Tinho: Olhe aqui meu filho já está na hora de procurar uma esposa, neste mês vou convidar o cumpadre Portirio com a família dele pro armoço lá em casa e você escolhe uma das fia dele, sei que tem duas filhas a mais veia tá com 17 anos e é moça direita, nunca foi passar nem uma semana na cidade, tem pratica com as prendas domestica e parece até que bonita a minina.O tinho tirou o chapeu, coçou a vasta cabeleira, limpou o suor da testa com as costa da mão e disse meio sem entusiasmo: Tá certo meu pai, foi desse jeito cum sió, vai ser assim tombém eu. Casar pra crescer a familia e num deixar acabar nosso nome.Pode cumbinar o armoço.
Lá na fazenda terra roxa virou um alvoroço com a chegada do peão do coroné Laureno, foi um corre corre, até que o coroné Portirio recebeu o recado do cumpadre, ficou todo feliz mandou até o rapaz se assentar, tomar um refresco que a empregada logo veio trazer. Afinal o moço tinha cavalgado 6 horas sem parar, pois sua fazenda ficava na divisa de Goiás. Fingiu pensar um pouco e disse a resposta esperada: Diga pro cumpadre que sexta feita estaremos lá na hora do armoço.
Lá dentro do casarão já tinha chegado a novidade e isto só podia ser uma coisa, um pedido de casamento, pois era este o custume de antigamente. A esposa do coroné uma mulher gordinha e de ares irritado já foi logo mandando todo mundo se aquietar e continuar cum seu trabaio. As duas filhas se olharam com cumplicidade ao mesmo tempo com inocência, de nada sobre homens sabiam aquelas donzelas, apenas que serviam pra trabalharem, fazer filhos, sustentar a família e fazer crescer o patrimônio, sabia que a diferença deles pra elas era que vestiam calças. Margarida a de 13 anos e de 17 que seria a pretendente Florisbela nunca foram a escola e como todas da época e dos pais ignorantes nem sabiam assinarem os nomes. Dionísia parecia muito com a mãe, certamente seria idêntica ao ter sua idade, já a Flor, era assim que a chamavam era esbelta, cabelos longos e pretos lisos como como de uma índia,a pele clara que chegava a ser rosada, um rosto fino parecia desenhado, tinha traços do pai que apesar de homem de modo grosseiros tinha uma beleza
por traz daquela pele queimada, olhos claros e boca ainda bem desenhada, isto era o que mais a Flor herdara dele, o tamanho também, ainda cresceria um pouco mas já era um tanto varapau como diziam eles por lá.A Tardinha na hora do jantar, veio a notícia que todos já sabiam , mas fingiam não saberem, o coroné disse em tom de ordem: Sexta feira vamo armoçá na fazendo do cumpade Dalvino, quero que qui todo mundo teje arrumadinho cumo gente de posse, afina compro panos pro ocês fazé vistido pra num inveigoiá a famia.
Chegou o grande dia, todo mundo arrumado e preparado foram lá pro tal almoço, saíram de madrugada na carruagem de luxo que só era tirado do galpão pra estas ocasiões. Foram mais ums quatro peões levando ums presentes que era de praxe levar nestas visitas. Na Verdade uma caravana que por onde passava chamava atenção pelo luxo raramente visto por ali.6 horas depois de viajarem sem pararem, chegam então ai destino final, onde foram recebidos com grande alegria, apertos de mãos e finalmente a apresentação: Este é fulano, este é cicrano, esta é a fulana...e assim foi a apresentação, veio então a pergunta do coroné Potírio perguntou e onde tá meu afiado o Alixande? Deram a explicação, era época de provas e logo o menino se formava, nun devia de tá saindo da escola. Foram entregues os presentes, levaram as bagagens lá pra sala de visita e todos se acomodaram pra tomarem um café antes do almoço o que se deu tudo na santa paz e no esperado. depois de todos se fartarem no banquete a moda mineira, foram todos pro alpendre onde os homens tomavam um licor de jabuticaba e as mulheres tomavam café.
Chegou então o momento mais esperado, levantou-se de chapéu na mão o coroné Dalvino dirigindo-se ao coroné Potírio e disse com voz imponete: Cumpade e cumade ocês devem tá se preguntando pru que desse cunvite e eu já vou direto no assunto, quero pedir a mão de Florisbela para o meu fio Antonio que todos chama de tinho, quero que nossa famia se una numa só e seja a maió da fronteira de Minas e Goiás. O coroné Portírio levantou-se estendeu a mão e num acordo de coronés estavam noivos os filhos. Os Noivos nem se olharam nos olhos, apenas se apertaram as mãos. Naquela mesma tarde já se acertaram todos os preparativos. Detalhes estes que a noiva nem participou, pois fora em companhia das futuras cunhadas e a irmã andarem pelos arredores da fazenda conhecer o pomar e o jardim, o orgulho da futura sogra. A Margarida era mais faladeira tinha 12 anos, a Madalena parecia a mãe calada e parecia no mundo da lua. Foi um encontro perfeito, tudo saiu conforme tudo planejado. O dia passou rápido, a noite caiu e todos foram para suas acomodações para cedo partirem de volta pra fazenda.
Era maio, mês tradicionalmente das noivas, era dia 13 de 1903, a capela da fazenda do coroné Potírio estava digna de uma princesa, tudo fora decorado com muitas flores e cortinas de renda. Os bancos estavam já sentados todos os convidados das duas famílias e alguns amigos mais importantes. Chegou o momento mágico, esperado, o noivo já de pé junto aos padrinhos esperava a noiva que logo entrou linda, maravilhosa com seu vestido branco de rendas e seda vindas de São Paulo.Em sua cabeça tinha uma grinalda de flores naturais de laranjeiras, parecia uma deusa, seu buquet era também de flores naturais. Foi um casamento para se comentar durante muitos anos. A festa foi com tudo do bom e melhor que o mineiro pode oferecer e com toda abundância que é característica deles. Durou dia e noite a festança, mas como fora combinado os noivos pegaram a carruagem e foram para um hotel na cidade de goiás onde tinha aguas quentes e fora tudo reservado. 2 horas de viajem e chegaram ao maravilhoso hotel. Flor nunca tinha visto nem em seus sonhos um lugar tão lindo, parecia um sonho, desde o recepcionista a ajudando descer do veiculo até a escadaria por qual subiu para ir para o quarto. Até então só trocara duas ou três palavras com o marido.Ele mantinha-se sentado ao seu lado mudo e ela aproveitava toda a paisagem que via, não perdera um segundo sequer da viagem.Nunca havia saído da fazenda a não ser para outras fazendas vizinhas.Não tinha amigas, nem mesmo as empregadas da casa. Quando veio sua menstruação pela primeira vês chorou e disse pra mãe que estava morrendo e a mãe falou simplesmente, toda mué tem que ter isso um dia e vai ser uma vês todo mês, deu-lhes uns paninhos brancos de tecido e disse troca e lave e estenda onde os home num veja. Vou sua unica explicação sexual, se é que pode chamar isto de explicação.Estava tão encantada com tudo que assustou ao marido pegá-la pelo ombro e dizer: Estou falando com você, num me ouve? Ela ficou vermelha de vergonha, não pelo modo brusco que ele falou, mas pelo toque em seu ombro.Nunca fora tocada por nenhum homem nem mesmo seu pai pegava em sua mão. E perguntou assustada: O que o senhor falou? Ele mostrou pra ela o banheiro, mostrou como funcionava o sistema de agua quente, fria e como funcionava para ficar na temperatura morna. Mostrou-lhe o sanitário, o bidê e entregou-lhe as toalhas. Fechou a porta atrás de si e a deixou como em um mundo que não existia, pensou em chorar, mas olhou-se no espelho e se viu linda, decidiu vou aprender, não sou os burros lá da fazenda, sou gente. tentou tirar o vestido, mas eram botões na parte de trás e jamais os abriria sem ajuda. Criou coragem, abriu a porta, ele estava lá já sem sapatos e só sunga, ele perguntou: Qual a dificuldade?
Ela virou-lhe as costas e pediu ajude-me a desabotoar, ele levantou e desabotoou todos os botões. Ele pegou um roupão felpudo branco e uma toalha e entregou-lhe dizendo para vestir depois do banho, depois eu vou tomar também estou muito cansado. Ela pendurou seu vertido com todo carinho onde não pudesse ser molhado, foi ao vaso, riu ao dar a descarga, finalmente foi ao chuveiro e depois de muita luta conseguiu tomar seu banho ora quente demais, ora frio, ora morno, mas estava se sentindo vitoriosa. enxugou-se bem e vestiu o roupão, saiu e deve que chamar o marido pois havia adormecido. Escolheu a camisola que a mãe havia dito para ela vestir, deitou-se debaixo dos cobertores e ficou lá a espera não sabia de que.Sentiu que ele a virava de costas para ele e sentiu que levantava sua camisola disse -lhe agora será minha mulher e eu teu homem. A fez ficar de quatro e penetrou sem o menor carinho o seu ânus. Não gritou, apenas mordeu os lábios para não fazer esta vergonha ao marido, se as outras aguentavam, porque ela seria diferente? Aguentou por uns 9 minutos toda aquela agonia de dor e palavras que nunca tinha ouvido, até que ele saiu de cima dela e deitou virado para o outra lado. Ela esperou ouvi-lo roncar, levantou-se devagar e com sangue escorrendo em suas pernas, foi ao bidê, lavou-se por muitas horas até a exaustão tomar conta dela e resolveu deitar-se devagar para não acordá-lo.
Acordou com muito barulhos de pessoas falando, andando e alguns assovios, cantos, sentiu-se toda dolorida, passou a mão lá onde mais doía e sentiu que não estava normal e pensou casar é isto? Coitada da minha mãe, coitada de todas as mulheres, mal completou o pensamento ele a procurou e fez a mesma coisa, desta vês fazendo então gritar, tanto foi a dor. Ele falou não faça escândalos todos já estão acordados, depois para de doer, e acostuma. Levantou-se tomou banho e mandou que ela se vestisse para o café.Ela mal podia andar, sentar então, mas comportou-se como deveria, não envergonharia o marido. Depois do café ele a levou para conhecer a cidade, tudo parecia um conto de fadas até chegar a hora do almoço, irem descansar e ele a querer fazer sexo, é assim que chama isto que estamos fazendo explicou ele para ela. Desta vês ela pediu que ela sentasse por cima dele, ela obedeceu sem jeito, com dor, mas foi enfrente e sentou até não deixar nada fora. Ele não aguentava muito movimento gozava logo, o que para ela era um alivio.
Foram 3 dias assim, um paraíso os passeios, nadar na piscina de aguas quentes, as comidas, as gentilezas dos funcionários do hotel, mas um inferno na hora de irem para o quarto. Seu ânus ainda estava muito dolorido e sempre sangrava, até que ele a deixou no quarto e voltou com um tubo de pomada e mandou que ele usasse, ia ficar bom. No quarto dia depois do café foram embora iam morar na fazenda do coroné Dalvino pai do Tinho, lá eles tinham uma casa que fizeram só para o casal,ficava em um terreno plano e cheio de árvores, do alto descia um riacho onde eles fizeram um pequeno lago, era tudo muito bonito, a casa tinha alpendre nos quatro lados, muitas janelas e salas amplas e confortáveis, era uma casa de fazenda mas com um toque de modernismo das cidades, era idéia do Tinho. A Flor passava os dias a cuidar dos jardins em volta da casa e do pomar, seus dias eram dias de paz e tranquilidade, vivia só, não tinha empregadas, e para diminuir a saudade que tinha da família cantava, cantava muito e como era bonito seu canto que misturado aos dos diversos pássaros que existiam por lá parecia uma sinfonia de orquestra, a noite era o mesmo tormento, ainda não se acostumara ao sacrifício do dever de esposa, cada dia era uma posição extranha e animalesca, se bem que ao lembrar como faziam os animais da fazenda nunca tinha visto coisas iguais, mas conforma-se, esperava pelo menos ficar logo de barriga para não ter que ouvir sempre a mesma conversa dos sogros: E ai Flor quando vem nosso neto? Esse trem tá demorando demais uai. Ela não respondia, porem o Tinho ficava acabrunhado e mudava de assunto, então, a fazenda tá que é um progresso, todo o leite já tá vendido , tudo que produz é uma beleza que só, vamos ver se o mano Alixandre vem logo com esse diploma pra fazer a tal das mudanças, tá custando caro essa faculdade de agronomia, vamos ver se vai servir mesmo. O pai coçava a cabeça e dizia com calma, dexo o minino istudá, só farta 3 meis e ele tá aqui, o nosso dotor de terras e logo mais um ano vem o Valdo cum otro diproma pra cuidar dos bixos, só ispero que nium deles invente moda de casar cum moça da cidade, aqui nas fazendas tem moça de sobra,so.
Flor fora finalmente visitar a família, muita alegria, abraços e depois da emoção da chegada foram todas para a cozinha onde já se sentia o cheiro gostoso de galinha caipira com quiabo. A mãe sentou junto da Flor e com jeito encabulado perguntou: Intonse fia seu marido é bom, eles lá trata bem docê? Ele num martrata ocê não né? É que tó achando ocê magricela, e nada
de pegar barriga fia, num será qui ocê tá duente não? A mãe nem dava tempo da Flor responder nada, ela mesma tirava as conclusões. Fora-se embora toda esperança de saber algumas coisas que a inocente Flor queria perguntar, se por um acaso criasse coragem.´Já se passou 1 ano e 10 meis já era pra ter dois barrigudin correndo pela casa. Você sabe eu num tive mais fio purque tive duença de muê, se não essa casa era cheia de fios.Tentando mudar de assunto a Flor pergunta pra irmã, e ocê Magarida tá já cum 15 anos já pode ir se apreparando qui logo o pai lhe aranja um marido. A Margarida respondeu com um movimento de cabeça que sim e foi fazer uma pergunta quando a mãe interrompeu, vamos cuidar de chamar o pai pra armoçar.Mais umas poucas perguntas e começaram o almoço, para alívio da Flor.
Depois das tarefas de casa Flor fora dar uma volta pela fazenda, queria rever tudo onde foi criada e viu tudo crescer. Estava tudo muito bonito e bem cuidado, seu pai era um bom fazendeiro. Estava já no perto do rio quando ouviu uns gemidos, tirou os chinelos e andou de manso pra não fazer barulho, ficou curiosa, ao ver a cena quase desmaiou de vergonha, mas também sentiu algo esquentando entre as pernas, ficou o mais escondida possível e ficou olhando um moço negro ombros largos, forte, deitado por cima de uma moça branca, não dava pra ver seu rosto pois a do rapaz cobria com carinhos e beijos, viu que o vestido da moça estava levantado até as costa e os dois faziam movimentos frenéticos, chegando a ser agoniados,desesperados e gemiam muito e falavam algumas coisas que ela não podia ouvir, mas ela sentiu uma extranha vontade de por a mão na vagina e sentiu que estava molhada e foi espontâneo sua vontade de apertar mais e mais sua parte que antes nunca havia tocado a não ser para lavar. Nisto o rapaz ficou quase de joelhos e com a duas mãos levantou a bunda da moça e com movimentos mais rápidos deu um gemido mais forte e caiu pro lado deitado, cansado e ofegante, foi ai que Flor viu seu pênis grande, grosso ainda duro, a moça ficou na mesma posição como se nem tivesse forças para se movimentar. Flor não se mexia, tirou sua mão de dentro da calcinha e viu que estava molhada, não era sangue, era uma espécie de liquido mais escuro que agua e parecia uma baba, mas interrompeu-se no movimento pois a moça levantou e foi até o rio, tirou o vestido e entrou nas aguas correntes e limpas, ela lavava com muita atenção sua vagina e Flor pode ver que era na frente que ela lavava. A moça chamou o rapaz, vem omi se lavá, vai ficar com fedó de porra, aqui ó, mostrou entre as pernas e disse tem mais trem nenhum aqui, meti o dedo até lá no fundo e tirei foi tudo, sô besta não de pegar barriga de ocê qui vive trepando cum toda muê que vê, deu uma gargalhada e disse , mas que é gostoso isso é eita trem bão, ele também foi até o rio e mergulhou. Flor ainda paralisada e surpresa pelo que assistira, demorou dá-se conta que tinha que sair rápido dali. Mas ficou com aquela imagem na cabeça e a preocupação do que sentira com tudo aquilo.
Chegou o dia de ir embora pra casa, Flor mudara, sentia que algo dentro dela queria explicações, sentia desejos todas as vezes que lembrava o casal, não atrás como fazia o marido, mas na frente onde sentia calor e algo gostoso ao apertar sua mão fechada até chegar a respirar fundo e sentir muito calor. Passou a fazer isto sempre que tinha oportunidade, sentia que talvez estivesse pecando, mas era tão bom, sentia vontade de pedir ao marido que fizesse com ela o que o rapaz fez com a moça, nunca, jamais falaria uma loucura dessas com ele ou com qualquer pessoa, seria seu segredo.
Dezembro de 1905, alvoroço na fazenda, era natal e os fios do coroné iam chegar, o Alixandre já ficaria pra trabalhar como agrônomo e o Cristovaldo voltaria para completar mais um ano de sua faculdade de veterinária. Foram dias de festa, mas logo que o Cristovaldo voltou para a cidade, tudo voltou a normalidade, sendo que desta vez estava mais agitado, os planos do Alixandre seria posto em prática e muitas reformas seriam feitas por lá, inclusive o riacho que corria do lado da casa da Flor também sofreria mudanças para se fazerem uma barragem maior o que o pequeno lago, isto mantinha a presença do Alixandre e seus ajudantes constantemente aos arredores da casa da Flor, isto a deixava um tanto perturbada, não sabia dizer o que mas o olhar do alixandre a incomodava, ele mal dirigia-lhe frases, somente cumprimentos e muito raramente pedia que fizesse um café para eles ou um refresco.Tudo estava indo normalmente na fazenda como numa fazenda que passa por mudanças, progresso, modernismo, era esse o comentário dos outros fazendeiros.
Dona Mira ficara doente, Flor foi visitá-la e talvez dormisse por lá, foi o combinado com o Tinho, mas ao ficar noite com a lua tão clara e linda, ela resolveu ir pra casa, ninguém a contrariou, afinal era perto e ali era seguro. Parece que Flor tinha o destino de descobrir as coisas assim por acaso, ao se aproximar da cozinha ouviu vozes logo reconheceu a do marido, apurando a audição entendeu bem o que falavam e que o outro era Alixandre pronunciando seu nome quando disse: Não Tinho você não tem o direito nunca de fazer isto com a Flor, olhe meu irmão fazer isto lá na cidade, longe e grande como São Paulo eu até entendia e fazia vista grossa, mas casar com uma moça linda, maravilhosa, pura, mas parece uma princesa e não consumir o casamento, isto pra mim já muito e ainda ter relação somente anal! Você está é ficando maluco, veja a inocência dessa moça nunca ter querido ter relação normal, foi aí que Tinho alterou a voz e falou irritado: Não vem agora com sermão, você não sabe o que sofro tendo que trepar mesmo por traz, ter que fingir não estar com ela e sim com ele, você se acha esperto porque é normal e porque fez a faculdade, quero ver quando o veio lhe arranjar uma mulher...pois ficarei muito feliz quando tiver que casar e se fosse com uma como a flor seria o homem mais feliz da vida, nada justifica o que está fazendo com toda família e principalmente com ela, falou o Alixandre já bem nervoso e levantando em direção a porta, Flor teve que se esconder. Tinho saiu atraz do irmão pegou seu braço e pediu, agora mais calmo: Alixandre por favor meu irmão entenda, eu só falei isto porque não aguento mais esta farsa toda e essa cobrança de filhos. Eu estou infeliz demais, mas sei que mato o nosso pai se eu fizesse minha vontade. é difícil ser o filho mais velho. Pelo menos você me compreenda, se coloque em meu lugar, o Alixandre falou até rindo é fácil, se eu pudesse, meu irmão você é um mostro, puxou seu braço da mão do Tinho e desceu as escadas indo embora. O Tinho entrou, pela janela Flor viu que ele fora para o banheiro que ficava de fora de casa mas embaixo do alpendre. aproveitou e deu uma longa volta ao redor da casa, os cachorros não latiam, pois eram seus. Queria entender tudo que ouvira, mas só uma coisa entendeu direito que o casal lá no rio estava fazendo o certo, mas o que ele quis dizer com "fingir que ela era ele"? Sua cabeça estava doendo muito, agora estava mesmo complicado. Resolveu fazer de conta que estava chegando agora, enquanto ele ainda estava no banheiro. Disse em voz alta Tinho vortei, sua mãe miorou. Ele disse alguma coisa e ela foi fazer um chá, tomou e foi rezar um terço, quando rezava o terço ele não a procurava, isto ela aprendeu observando e prestando atenção em alguns fatos e costumes dele.
A barragem estava quase pronta, a fazenda estava uma beleza, obras de currais eram feitos de um modo mais moderno. Alixandre já não precisava ir para os lados da casa da Flor, mas agora ela sentia sua falta e sentia vontade de falar com ele, mas sentia um arrepio só de pensar nisto.
Um dia depois de uma novena na fazenda, mês de setembro, todos ficaram reunidos no alpendre da frente, estava muito calor. O Alixandre falou pai porque não colocamos uma escola pra criançada daqui? Eu vi que temos em torno de uma 30 crianças só aqui nos arredores e filhos dos nosso moradores? Seria mais um benefício e seu nome cresceria mais, até mesmo pra um de nó se tornar candidato à prefeito da cidade, que acha disto Tinho? É bem pensado, uma coisa muito boa mesmo, nenhuma fazenda tem escola, seria a primeira. Posso ir projetando isto pai? O coroné disse agora é hora de deitar, adepois se fala nesse trem ai. Deu boa noite e foi pro quarto acompanhado de d. Mira. Um sinal que a reunião tinha acabado, mas o assunto estava de pé.O alixandre assim de repente perguntou pra Flor: Você tem vontade de aprender ler e escrever? Ela até tremeu ao responder, é meu maior sonho, ai desenvolveu um monte de opinião umas queriam outras não e a conversa foi boa até o Tinha chamar a Flor pra irem pra casa.
Desde a conversa com o irmão que ele não tinha mais procurado a Flor, mas no meu do caminho ele pegou pelos seus ombros e disse : Eu tô querendo agora, levantou seu vestido tirou a calçola dela e abaixou toda sua roupas a encostou na cancela do curral, colocando-a de quatro e penetrou seu ânus ali mesmo rodeados de bois, vagas, cavalos e o cheiro forte de estrumes. Foi rápido como sempre, se vestiram e continuaram andando. Chegando em casa a primeira coisa que Flor fez foi entrar no banheiro e tomar banho, jogava agua com uma jarra que tirava de uma tina, sua vontade era entrar na tina, no rio, num lugar que a lavasse até a alma, nunca se sentira tão mal. Pela manhã ainda estava mal, levantou para fazer café e ao chegar perto da cozinha sentiu vontade de vomitar, correu pra fora e vomitou bastante, ao vê-la assim Tinho veio ao seu encontro e a levou de volta pra cama, queria entender o que aconteceu, mas ela não sabia explicar, só que doía a cabeça. Ele falou pra ficar deitada, mandaria uma das irmãs ajudar. Pronto foi chegar a noticia de vomitar e a Flor já estava grávida, logo se espalhou a notícia.
Mais tarde alixandre chamou o Tinho pro canto mais reservado e perguntou: Então você resolveu agir como homem e fez o certo? O irmão olhou surpreso e disse, nunca! Eu nunca a tocarei como mulher. Ontem eu senti vontade e a peguei lá na porteira do curral, ela devia tá menstruada, nem notei, deve ser isto, mal acabou de falar sentiu um forte murro em seu queixo. Não reagiu, ficou parado enquanto o Alixandre o xingava de covarde, desgraçado e outros nomes mais. Os dois ficaram sem se falarem. Mas o boato correu solto da gravidez da Flor.
Passaram alguns meses e a barriga da Flor não crescia, foi então comprovado que não era gravidez.
Margarida casou-se, não fizeram festa, só uma cerimônia simples e com poucos convidados. Um rapaz de posses mas não chegava a ser fazendeiro. Mas margarida parecia feliz, mesmo assim Flor não deve coragem para explicar nada de sexo pra ela. Afinal o que sabia de fato?
Uma noite ouviu-se na fazenda todos os cachorros latindo e uma agitação danada nos currais, os encarregados do gado foram ver o que se passava e Tinho também desceu para ver que confusão era tanta, já estavam todos lá de prontidão, mas nada descobriam o que se passava. Foi dado a ordem para ficarem alertas. Tinho voltava pra casa quando algo muito forte pulou sobre ele e o arrastou para o mato, seus cachorros latiam e lutavam com o bicho, mas não conseguiam soltar o dono das garras do bicho, vieram todos correndo e com lampiões acesos, até a Flor veio correndo ao verem a cena os peões atiraram na onça que já estava estraçalhando um cachorro e caiu morta por cima dele. Ficaram todos parados sem saber o que fazer, se desmanchando em sangue por uma mordida dada na garganta, já estava morto o Tinho, quando viram a Flor chegar correndo é que se deram conta do tamanho do ocorrido, pegaram ela e a levaram pra fazenda no caminho já encontraram o coroné e o Alixandre que ficaram a par do ocorrido. Foram dias de tristeza na fazenda, dias de luto e desespero, afinal fora o filho mais velho que morrera, mesmo não sendo formado em faculdade tinha a incumbência de levar adiante tudo que o coroné começara.
Os pais da Flor vieram visitar os cumpadre e ver como estava a fia. Durante uma conversa o pai de Flor levantou a possibilidade de levar a fia de vorta, afiná ela agora era viuva. Foi um alvoroço, principalmente da parte do Alixandre que por pouco não entregava sua paixão pela cunhada. Foram tantas alegações inclusive que ela ia ajudar na escola, aprendendo para depois ser professora. O coroné Dalvino gostou da providencia tomada pelo filho e logo o apoiou e disse mais a Flor agora tem nosso nome e é aqui seu lugar. Quizeram saber da Flor qual seu desejo, ela afirmou que ficaria morando ali porque não achava justo deixá eles sem a viuva do fio e ela queria muito ajudar na escola e aprender. Ficou então resolvido a questão.
1906, março, seis meses passaram do infeliz acontecimento. Mas as coisa estavam andando de vento em popa. a escola já funcionando, trouxeram uma professora da cidade de Goiás, foi providenciado um carro de boi para trazer as crianças de mais distante, todo o material foi doado pelo prefeito da cidade mineira mais próxima da fazenda. A maior preocupação do Alixandre era alfabetizar a Flor, isto ele mesmo já havia iniciado e notou que sua inteligência era maior do que toda aquela beleza. Cada dia ele ficava mais encantado com seu aprendizado. A casa da Flor fora transformada em escola e acolheu muito bem todos os alunos.
O coroné Dalvino pegou uma bronquite forte e teve que ir pro hospital, depois de muita resistência. Mas a fazenda estava em boas mãos Alixandre e Cristovaldo tomavam conta muito bem de tudo. Dona Mira foi de acompanhante, deixando mil instruções para as meninas que agora já eram moças que também estavam estudando.
Maio, mês das...Flor recebeu um bilhete escrito isto das mãos do Alixandre quando estavam descendo da escola para a fazenda, ela olhou o bilhete leu com alguma dificuldade e disse: noivas. Alixandre pegou suas mãos e disse: Flor eu te amo, quer ser minha noiva? Ela tremia, chorava e não respondia, ele aflito por saber tudo que ela passara teve receio de perdê-la por todo modo e comportamento do irmão e foi logo explicando: Minha querida eu sou diferente do meu irmão, eu te amo desde que a vi,serei o melhor homem do mundo pra você. Sei que nada sabe sobre a realidade de um casamento, mas vou aos poucos lhe ensinando e olhe darei livros para que leia, mas na prática verá que seu casamento não foi um casamento. Ela abraçou-se a ele e lhe disse eu também amo você era isto que eu sentia quando chegava perto de você e prometo não invergonhar você que é doutor, vou ser uma professora. Ele riu com seu modo simples e e a beijou nos lábios, era o primeiro beijo da Flor. Foram o resto do caminho falando das dificuldades que enfrentariam com os pais de ambos para aceitarem este casamento, mas lutariam e não deixariam ninguém roubar a felicidade deles.
O coroné voltou curado, mas agora tinha que ter muito mais repouso e cuidado com a saúde. foi chegando e já querendo saber tudo das novidades, estavam todos ao seu redor e principalmente a filha mais nova louca para contar o fuxico, mas Alixandre deu-lhe uma olhada serio e esta ficou quieta. Bem na fazenda está tudo maravilha, deu as primeiras informações dos gados, de toda parte econômica e disse , tenho um pedido a lhe fazer meu pai e já vou lhe dizer que é uma decisão já tomada, diga omi, falou o coroné, Alixandre chegou mais perto e disse solenimente: Eu estou lhe pedindo a mão da Flor em casamento e dizendo isto puxou a Flor pela mão e ficou esperando a resposta. O Velho olhou pra d. Mira e disse: Não foi isto que eu dixe muê. Eles vão casar e tenho certeza que desta vez vamo ganhá nossos netos.
Íris Pereira
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