TERÇA-FEIRA, 13 DE JULHO DE 2010
Se você perguntar quem eu sou, eu terei que perguntar: Com quem deseja falar?
Com a Maria Irismar ou com a Íris? Terei que explicar, elas são duas pessoas diferentes,
Uma é a madame, a dona, a perfeita, a correta, a mãe, a avó, a careta, covarde eu diria, mas
por outro lado está certa em ser assim, mantém aparências, vive de regras, de leis. Ela é minha dona, tem o meu passe, sou sua escrava, mas sou feliz assim, pois quando posso sou totalmente dona de mim, me solto sem rédeas, sem algemas, sem bridas, ai solto minhas asas, sou Íris, me tinjo das 12 cores prediletas e tomo o rumo que quero, vou ao espaço onde procuro minha vitima, pois para o que quero, não entrego meu coração, nem minha alma, somente o meu corpo e meu pecado, meu sabor, o melhor de mim, meu lado atrevido, minha sabedoria e minha inquieta vontade de sexo, o sexo perfeito onde dois se entregam e se transformam em único, onde não temos nomes, identidades, somos entidades do prazer, da loucura que doí, que desperta nossos mais profundos desejos, nossos caretas se confundem ora de alegria ora de dor, não sei definir qual é a melhor, sei que é disto que gosto, é pra isto que vivo nem que seja por momentos, que sejam os mais perfeitos enquanto estiver dentro de mim e nesses poucos minutos quero tremer inteira, me contrair, sentir a tua contração que só se desmancha quando sinto teu jato do leite incolor que derrama e escorre pelo rego ao encontro do outro sabor, do outro desejo, mas não lhe entrego, ainda não, fica pra outra seção.
Agora recolho minhas asas e o deixo deitado se refazendo, volto pra casa, pra minha dona, pro meu tronco onde sou amarrada e só me liberto depois que os ponteiros se encontrarem.
...E agora com quem quer mesmo falar? Com a Maria Írismar ou com a Íris?
Íris Pereira
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